quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Irmão Indio






Meu Irmão sofrido.
Eu conheço a tua luta ferrenha,
por um pedaço do pão de cada dia.
O teu chão foi arrancado.
E nessa terra minada, em que se plantando nada dar.
Será permitido pisar?

E os teus filhos? Tão lindos, tão crianças, tão inocentes quanto os meus.
Querem leite, querem comida, querem brinquedos, querem brincar...
E que futuro terão?
Onde será o futuro deles?
o que o sistema pretende ainda lhes tirar?
Peçamos nós. Para que não lhes roubem o ar.

Ah! Te deram dia 19 de abril.
É vergonhoso saber que faço parte dessa massa patética,
 dessa raça que te ignora, que te abandonou a própria sorte.

Eu sei, é pesado o teu fardo.
E as tuas lágrimas são tantas...
Quero que meus olhos, te ajudem chorá-las.

Tua dor, dói em mim.
No meu conforto não sei medir o tanto
Mas talvez, a carregue por mim, eu não poderia suportar.

Irmão,
Tu és pacífico!
Injustiçado mas sem revolta no coração
Empoeirado, mas não sujo;
Valente, mas puro;
Desconfiado, mas não mal;
Triste, mas receptivo;
Descontente, mas grato;
Simples, mas nobre.

Conhecendo assim fundo, a tua realidade
De que mesmo te acusam?
Por que mesmo te condenam?

Será pela tua cor?
ou será pela minha cor?

De quem será esse sofrimento?
Será Teu? ou será meu?


Te amo!





Te Amo P.A.B



E.T.C

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